segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Obrigada, 2016.


Depois de muito pensar sobre o ano que passou, ponderei se era mesmo preciso escrever sobre ele, e percebo que estou fazendo o que é de costume, aproveitar o que o sinto pra deixar algum recado, apenas por ser como sou, que muitas coisas não digo de voz falada, mas escrevo pra quem quiser ler. Pausa pra longa respiração. Que ano, hein!? Ás vezes penso que eu me perdi enquanto todo mundo estava no meio do furacão, mas aí vejo que muita coisa me atingiu também, a sua maneira, mas veio e posso sentir tão forte que o que mudou foi minha maneira de ver as coisas. Fiz planos de deixar muita tralha velha pra trás, limpeza no armário, e haja passos dados pra tirar da sapateira, apenas porque alguns pés não me servem mais, não cabem em quem eu era.
Ano que no começo fui abordada por algo que parecia uma surpresa maluca, inimaginável, e olha, foi mesmo, mas por lado contrário da oração. Não que eu me importe, cada vez que algo assim acontece a gente se olha no espelho e se descobre mil vezes mais forte do que imaginava, só por ser e estar lá. 
E ainda em janeiro foi verão, foi carnaval, foi temporal, eram as águas de março e foi tudo outra vez, e voou tão rápido que quando vi já estava em julho, vendo duas histórias que começavam e acabavam ao mesmo tempo, e então, os próximos meses vieram, meu setembro favorito de primavera, de meu dia, renovação outra vez, mantida na minha superstição de não comemorar certos dias, mas entendendo esse ciclo. E veio então algo que me surpreendeu ainda mais e me faz perceber que nada nessa vida vai acontecer sem que a gente esteja pronto pra viver tal situação sem que aquilo seja exatamente o que precisamos ver, pois por muitas vezes nunca entendi certas emoções, e o relógio dizia que não era hora ainda, é bonito até de ver como a gente só vai começar a sentir quando se libertar de outras histórias. É o tempo de novo, dizendo que ele sabe sim e tá tudo em paz.
Teve outono, dentro de outubro, e eu só sei dizer obrigada. Novembro, e eu gosto de preto e branco, posso até dizer que preto no branco também, tudo organizado, sei todas as datas, sei todas as doses e paguei meu silêncio, porque na vida muitas vezes a gente precisa sumir por limitação própria e não por maldade, e foi como deu pra ser. E dezembro teve presente, pode não ter sido de natal, mas foi de alguma forma "dado" por um senhor de cabelos brancos, grandes alívios pra dar passagem pra gigantes preocupações de futuro vindo aí, páginas ainda em branco, mas que quero muito escrever.
E teve muuuuito vinho, muito estudo, muita hora que falar qualquer coisa era o que salvaria o dia, e teve tanto término que achei que meu "coração peludo" não ia aguentar e não falo de términos de relação amorosa, foi mesmo de coisas que eram partes da rotina, que tem gente que AMA quebrá-la, eu repito, rotina é mesmo um bom abrigo e é difícil desacostumar de pequenos momentos que vivemos diariamente. E o tempo vai agir de outra vez, mostrando o quanto a gente ainda pode surpreender a nós mesmos (mesmo que existam certas coisas que nunca mudem).
2016 foi tudo que poderia ser, doeu como nunca, mas foi do jeito que precisei pra me entender mais, entender ao redor e viver o que vem por aí. Um brinde às próximas páginas que estão vindo, estou ansiosa pra escrevê-las. Obrigada. 

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